Cheias em Lisboa
Hugo RomanoCá está mais uma desgraça climática. A chuva que caiu na capital portuguesa, na noite de 13 para 14 de dezembro, provocou inundações em várias zonas da cidade. A Proteção Civil não alertou adequadamente a população, agora vem o Ministério da Administração Interna dizer que não houve falha. Que teremos que usar inteligência artificial para prever as cheias em Lisboa?
Vivemos momentos de falta de brio e senso comum. Vivemos no princípio geral da irresponsabilidade, que é a falta de cuidado com as consequências das nossas ações. Ora as cheias aconteceram, mas não existe capacidade de mobilização da Administração Pública para mitigar os efeitos das cheias em Lisboa.
Alguém recebeu um orientação para não usar a água canalizada?
Foram difundidas informações sobre pontos de recolha de água potável?
Tudo é mediático, tudo é para a comunicação social, mas ninguém se preocupa com a população. Nem a RTP produziu informação relavante para salvar vidas e migitar os efeitos na saúde pública.
Pois é, já passei por cheias na Madeira, tem 12 anos, vira o disco e toca a mesma música. Continuamos a viver no sensasinalismo em vez de salvar vidas. Nós não temos uma Proteção “Civil”, nem uma “Defesa” Nacional adequada às necessidades do país. O que temos é uma estrutura burocrática, que não tem capacidade de resposta, nem de prevenção.
O Problema está no Modelo de Negócio e não na tecnologia. E muita falta de vontade.
Temos a Directiva 2007/60/CE e que tal ler as cartas de risco de inundação, e planear ações de mitigação!? Dar formação aos cidadãos, para que saibam o que fazer em caso de cheias!